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Ricardo Robles/BE responsabiliza Medina/PS por 2ª agonia na circular

Obras na Segunda Circular: Bloco quer apurar responsabilidades por anulação do concurso Ricardo Robles defendeu que os deputados à Assembleia Municipal deveriam ter acesso à correspondência trocada entre a Câmara de Lisboa e o projetista da requalificação da Segunda Circular, cujo concurso foi anulado por alegado conflito de interesses. 7 de Março, 2017 - 12:48h Ricardo Robles é o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Lisboa. “Vamos entregar um conjunto

“Vamos entregar um conjunto de pedidos de documentação que achamos relevantes, sobretudo que têm que ver com as responsabilidades dos serviços municipais e com a correspondência trocada com os concorrentes", disse o líder do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal, Ricardo Robles, em declarações à agência Lusa nas instalações deste órgão deliberativo.

Ricardo Robles, que falava no final de uma reunião das comissões municipais de Urbanismo, de Obras Municipais e de Mobilidade sobre o tema, acrescentou que o partido pretende conhecer as comunicações “entre a Câmara e os concorrentes e entre a Câmara e os projetistas”, no âmbito do concurso de requalificação da Segunda Circular.

“É preciso termos essa comunicação connosco para percebermos quem respondeu o quê e de quem são as responsabilidades”, vincou o candidato do Bloco à presidência da Câmara de Lisboa.

Em setembro passado, a Câmara anulou o concurso da Segunda Circular e abriu um inquérito para averiguar eventuais conflitos de interesses, detetados pelo júri do procedimento (composto por técnicos da autarquia), por parte de um projetista que também comercializa a mistura betuminosa que iria ser usada no piso.

Segundo o mais recente relatório relativo ao processo, concluído pelo júri do concurso em outubro do ano passado, “durante as fases de esclarecimentos dos dois concursos da Segunda Circular, apesar de questionado pelos concorrentes sobre o assunto, o projetista não esclareceu que marcas e/ou produtos equivalentes poderiam satisfazer as exigências do caderno de encargos”.

A decisão tomada na altura levou também à paragem da obra (iniciada dois meses antes) num troço mais pequeno da Segunda Circular, entre o nó do Regimento de Artilharia de Lisboa e a Avenida de Berlim, por a equipa ser a mesma.

O tema esteve hoje em foco numa reunião das comissões municipais de Urbanismo, de Obras Municipais e de Mobilidade que visava aprovar "a metodologia" da Assembleia Municipal (que fiscaliza a Câmara) sobre este processo, estipulando quais as entidades a ouvir e quando.

Por os partidos divergirem quanto a quem ouvir, ficou definido que terão até sexta-feira para apresentar propostas, ocasião na qual farão também pedidos de acesso a documentação.