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Refundar a Europa, Democrática e Solidária

“Tsipras deu lição de democracia a Merkel”

 

As palavras são do economista Yanis Varoufakis, a propósito da declaração do líder do Syriza e candidato do PEE à liderança da Comissão. Leia aqui a declaração de Alexis Tsipras a defender que o candidato do partido vencedor deve ser o primeiro nome proposto pelos chefes de governo para se submeter ao voto dos eurodeputados.

31 de Maio, 2014 - 00:23h

 

Alexis Tsipras, líder do maior partido grego (Syriza) e candidato do Partido da Esquerda Europeia à Presidência da Comissão Europeia, acaba de dar à Sra. Merkel (e aos seus alegres discípulos na zona euro) uma importante lição de democracia.

Numa declaração oficial que acaba de divulgar (e noticiada pela Euronews e Euroactiv) Tsipras defende que o Sr. J.C. Juncker, o seu adversário conservador (contra quem concorreu ao dito cargo) deve ser nomeado pelos chefes de governo ao Parlamento Europeu, por respeito ao processo democrático. Tsipras achou que tinha de defender este princípio democrático fundamental depois da Sra. Merkel afirmar que os chefes de governo (i.e ela mesma) não se limitavam aos cinco candidatos que realmente se apresentaram aos eleitores Europeus, debateram à vista de todos e procuraram o seu voto.

A declaração de Tsipras é uma acusação a um poder político Europeu que acredita que tem o direito divino de enganar os eleitores Europeus, fazendo-os acreditar que vão às urnas para escolher um de cinco candidatos ao cargo de Presidente da Comissão Europeia, e depois escolherem a seu gosto alguém que nunca disputou o voto da população. É também um alerta oportuno para o facto de o Syriza ser uma força democrática e pró-europeia, que a imprensa internacional pode retratar como extremista e anti-UE por sua conta e risco.

Yanis Varoufakis, publicado no seu site.

Declaração de Alexis Tsipras:

De acordo com a lei Europeia, o Parlamento Europeu tem o direito de aprovar, e portanto de não aprovar, o nomeado que lhe for apresentado para a Presidência da Comissão Europeia pelos Chefes de Estado.

Ao longo da recente campanha, os eleitores da Europa foram chamados a escolher entre cinco candidatos, cada qual escolhido pelos principais partidos Europeus. Enquanto candidatos fizemos campanha, debatemos e apelámos ao voto dos cidadãos Europeus.

- Defendo que o Conselho de Chefes de Estado não deve nomear um candidato à Presidência da Comissão que não tenha concorrido a esta eleição.

- Defendo que o Parlamento Europeu não deve aprovar um candidato que não tenha concorrido a esta eleição.

- A apresentação de qualquer outro nomeado teria como consequência o descrédito completo da recente eleição, transformando-a então numa fantochada.

- Isto é um princípio democrático fundamental. É obrigação moral dos chefes de governo fazer avançar o candidato que conseguiu a primeira posição nas eleições Europeias.

Ao longo da campanha, apresentei-me como candidato da Esquerda Europeia. Discordei fortemente das políticas do Partido Popular Europeu e do seu candidato, o Sr. Juncker. Essas discordâncias continuam, e irão continuar.

Mas o partido do Sr. Juncker ganhou a eleição, e eu contactei-o para para o felicitar.

Apelo por isso ao Conselho de Chefes de Estado que recomendem o Sr. Juncker ao Parlamento para a Presidência da Comissão.

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