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Um direito, ou não, eis a questão do Aborto

A questão de uma mulher abortar, deve ser colocado nos precisos termos dos direitos individuais dos cidadãos.

Ser ateu, cristão, protestante, Jeová, etc, é um direito, é uma liberdade e uma garantia legislativa.

Uma mulher querer ou não querer interromper a gravidez, também É UM DIREITO INDIVIDUAL. Uma mulher não deve estar dependente das opiniões de qualquer outro cidadão, para tomar uma decisão do seu foro intimo. Uma mulher não deve estar dependente da opinião ou decisão de cada momento político. Um direito individual é exercido independentemente das opiniões individuais dos restantes cidadãos. Tal como um qualquer cidadão não deve impedir outro cidadão de escolher, de ter ou de manifestar a sua fé, a sua opção política ou a sua opção sexual, também a mulher tem o mesmo direito, individual, de decidir sobre se interrompe ou não uma gravidez.

A interrupção voluntária da gravidez é um direito inalienável da mulher e assim deve ser defendido, garantido e legalmente protegido em qualquer parte do planeta.

É frequentemente dito pela igreja, que: " uma mulher abortar vai contra a dignidade humana; As mulheres que abortam estão contra a vida", etc, etc. Todos estes impropérios, são lançados para fugirem á questão central, que é a dos DIREITOS INDIVIDUAIS DAS MULHERES.

As hierarquias religiosas são contra os direitos iguais das mulheres e dos homens. Eles, querem ter o direito a dispor da sua fé, não querem estar dependentes das opiniões dos outros cidadãos e não querem que outro qualquer cidadão se intrometa nas suas decisões. Não querem que os outros cidadãos lhes imponham outra via para a sua maneira de pensar, estão no seu direito.

Então porque não reconhecem o mesmo direito ás mulheres?

Então porque querem impor os seus pensamentos, as suas ideias a todos os outros que não pensam como eles?

Os direitos são para tod@s @s cidadãos e não só para alguns.

Eu, sendo ateu, defendo toda e qualquer liberdade religiosa em pé de igualdade, com qulquer outro  direito individual de qualquer cidadão.

Mas, as hierarquias religiosas tem um comportamento  igoista e descriminatório quanto á interrupção voluntária da gravidez, assim como quanto aos direitos dos homossexuais ou aos direitos das outras correntes religiosas. Eles querem os seus direitos individuais, mas não querem que os outros tenham os mesmos direitos, que eles. O seu comportamento no mínimo é egoísta. Mas é também discriminatório e ditatorial, porque querem roubar o direito individual aos outros cidadãos. Querem, e na prática até tem, mais direitos que os outros cidadãos. Eles querem mais e mais privilégios. Porque será?

A história da nossa sociedade e de muitas outras, demonstram que as castas religiosas foram e continuam a ser previligiadas em relação aos cidadãos que não perfilham o cristianismo.

Um estado de direito, é um estado em que os direitos individuais são isso mesmo, direitos individuais, são decisões individuais e não colectivas ou maioritárias.

Um direito é uma porta aberta para a liberdade, na vida de cada cidadão, por isso não deixemos que os "velhos inquisitores ou do Restelo" agora com outras caras mas com os mesmos mantos, nos fechem as portas das liberdades individuais. Aceitar este princípio não é violar a consciência de cada um mas sim defender a consciência de cada um que não pensa como nós.

O direito das mulheres, nomeadamente o direito de abortar, é e continuará a ser uma questão importante. Direi mesmo, que será permanentemente importante. Um direito individual é um direito intemporal e por isso as novas gerações devem agarrar nesta bandeira e não a deixar meter nas fogueiras, em qualquer parte do mundo.