Share |

Jovens-Machismo e discriminação entre dirigentes Associativos

Machismo e discriminação marcam encontro de dirigentes estudantis No Encontro Nacional de Dirigentes Associativos, que ocorreu no passado fim-de-semana, uma série de imagens "machistas e sectárias" foram publicadas contra as representantes da FCSH numa página reservada do facebook. 15 de Junho, 2017 - 19:51h

Um cenário “difícil de acreditar para alguém que nunca participou num destes encontros”, é como uma participante relata o Encontro Nacional de Dirigentes Associativos, do passado fim-de-semana.

Durante o Encontro, várias imagens com comentários dirigidos às representantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) foram sendo publicadas de forma anónima numa página reservada do facebook, com o nome de ENDA Pendentes, que faz parte da página oficial do ENDA, mas que é acessível apenas a delegados credenciados no Encontro.

Nos memes podia-se ler, por exemplo, “Comissão das Violadas”, com imagens das estudantes da FCSH, ou ainda “Alguém que mande as gajas da AEFCSH ir fazer o jantar”.

Durante o encontro, uma dirigente da AEFCSH pediu a palavra para denunciar as publicações, mas a mesa recusou “com aplauso dos dirigentes”, relata, tendo sido necessário invocar a “alínea h), onde a palavra é concedida para ‘reagir contra ofensas à honra ou consideração’”, para obrigar a mesa a aceitar a intervenção. A nota de repúdio apresentada não foi, contudo, aceite.

Em comunicado, a associação de estudantes da FCSH considera que a página reservada do facebook do ENDA “tem sido utilizada para a publicação de conteúdos machistas e discriminatórios com vista à objetificação, bem como descredibilização políticas das mulheres intervenientes, incluindo fotografias tiradas em plenário às mulheres presentes”.

Segundo esta Associação, “no âmbito da apresentação de uma moção da Federação Académica de Lisboa, de título “Estudo sobre a Sensibilização de Crimes Sexuais no Ensino Superior”, uma delegada da DAEFCSH interveio no sentido de sugerir um ponto que garantisse a representação feminina na eventualidade de se criar a Comissão proposta na moção, visto tratarem-se as mulheres do principal alvo de crimes sexuais, ao que se seguiu uma escalada de “memes” discriminatórios.”

Também a Federação Académica de Lisboa classificou as ações de “machistas e sectárias, lançadas sob a cortina do anonimato”, algo que “não deveria ter lugar num espaço de democracia.

A direção da AEFCSH decidiu esta quarta-feira remeter o assunto para a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.