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Jonet "bate" em desempregados

Isabel Jonet critica desempregados por passarem muito tempo nas redes socias

 

Numa entrevista à Rádio Renascença, a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome sublinhou que as redes sociais são “um dos maiores inimigos das pessoas desempregadas”, defendendo que os desempregados deviam ocupar o seu tempo com ações de voluntariado.

3 de Abril, 2014

“O pior inimigo dos desempregados são as redes sociais. Muitas vezes as pessoas ficam desempregadas e ficam dias e dias inteiros agarradas ao Facebook, ou agarradas a jogos, agarradas a amigos que não existem e vivem uma vida que é uma total ilusão”, frisou Isabel Jonet no programa Terça à Noite.

A presidente do Banco Alimentar contra a Fome adiantou ainda que os desempregados caem no engano de pensar que estão a trabalhar “por estarem agarrados ao computador”, defendendo que estas pessoas deviam ocupar o seu tempo participando em ações de voluntariado.

As declarações de Isabel Jonet já suscitaram críticas. José Bancaleiro, diretor executivo da Stanton Chase Portugal, empresa especializada em recrutamento de executivos, lembrou que as redes sociais facilitam a procura de emprego. “E a maioria dos empregos está nos portais eletrónicos”, reforçou este voluntário do Banco Alimentar, citado pelo jornal Público, para quem o maior inimigo dos desempregados é, de facto, a falta de emprego.

Em novembro de 2012, Isabel Jonet motivou uma onda de indignação ao afirmar que "vamos ter que empobrecer muito, mas sobretudo vamos ter de reaprender a viver mais pobres" e que as pessoas que não têm dinheiro não podem comer bifes todos os dias.

A presidente do Banco Alimentar adiantou ainda que "vivíamos muito acima daquilo que eram as nossas possibilidades", acrescentando que "há uma necessidade permanente de consumo e de bens para uma satisfação das pessoas e que conduz à felicidade que não é real" e que “em Portugal não temos miséria”.

 

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