A Liberdade saíu à rua em maré alta, já que, mais de um milhão de cidadãos
por todo o país veio prá rua gritar as suas indignações.
A Liberdade é uma forma de viver o dia-a-dia, e não está
assegurada permanentemente. É preciso mantela
A Liberdade é o fruto das escolhas que cada cidadão faz em cada
momento, perante os actos em que tem que decidir.
A Liberdade são o modo e o tempo, que cada cidadão emprega
no seu sentido de vida.
A Liberdade, sendo um direito igual, não é "igual para todos" os cidadãos,
Porque os cidadãos não são iguais, nos seus sentimentos,
nos seus sentidos de vida, nos seus actos, nas suas vivências.
A Liberdade é uma opção de vida, é uma prática diária de cada cidadão
para com os outros, para com a sociedade.
A Liberdade, os direitos e suas garantias, devem fazer parte do dia-a-dia
de cada cidadão, das suas rotinas e indignar-se perante qualquer acto
que não seja condizente com tais direitos.
A Liberdade institucional, quatro décadas passadas, tem sido fustigadas,
são fustigadas todos os dias. Os cidadãos que mais sentem esses ataques,
são os que viveram o antes e o depois do 25 de Abril de 74.
A Liberdade é pois mais valorizada pelos que viveram na clausura fascista.
As novas gerações, que nasceram e vivem em liberdade, tem-na como
totalmente adquirida. É impossível as novas gerações terem a noção
real desses tempos e dos modos utilizados pela besta fascista.
A Liberdade nestes novos tempos, em que a força de vontade
de cada cidadão para defender e partilhar o que é justo e solidário
muitas vezes escasseia, está pois ameaçada.
A Liberdade ainda está a passar por aqui, vieram pra rua
gritar, neste 25 de Abril, mais de um milhão, a gritar por
Pão, Paz, Terra, Saúde, Habitação e fora daqui Passos, Portas,
Troika e FMI
Francisco Tomás