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Porque me volto a candidatar?

Há quatro anos quando apresentei a minha candidatura, assumi que um dos motivos da mesma, tinha em vista contribuir para uma maior intervenção dos cidadãos na vida pública, de forma a combater um governo prepotente e arrogante, que vinha criando um clima de amedrontamento junto das pessoas.

Quatro anos passados, e perante a presente situação, tal motivo é ainda mais forte. O governo atual é o pior desde o 25 de Abril, o que mais tem  atacado as condições de vida das pessoas, quer na saúde,  educação,  trabalho,  colocando numa situação de  pobreza tantos dos nossos concidadãos.

É pois imperioso fazer das próximas eleições autárquicas uma forte mobilização das pessoas, para que também nas urnas demonstremos o nosso repúdio a quem nos governa, bem como às forças políticas apoiantes.

Quanto aos objectivos da candidatura de há quatro anos , um deles era eleger um vereador (o que se verificou), outro era contribuir para a perda da maioria absoluta da CDU, o que não foi conseguido.

Quatro anos depois os objectivos são mais ambiciosos.

Queremos reforçar a nossa representação na vereação e  dessa forma passarmos a ter uma intervenção direta na gestão do concelho.

O Seixal é:

·        Um dos maiores concelhos do país (170 mil habitantes)

 

·        Um dos poucos concelhos no país em que a mesma força política mantém uma maioria absoluta desde as primeiras eleições autárquicas

 ·        Um dos concelhos com  um dos maiores endividamentos (105 milhões de €)

 

·        Um dos concelhos em que o prazo médio de pagamento a fornecedores é mais elevado, 575 dias. Isto tem como resultado graves perdas para as pequenas empresas locais, empregadoras importantes do concelho.

 

·        Um dos concelhos em que a abstenção nas eleições autárquicas é mais elevada, 54 %

Por tudo isto temos que “mudar de rumo” no Seixal e no país.

A mudança que a nossa candidatura quer promover implica uma nova visão e uma nova estratégia, com políticas novas. Políticas essas baseadas num aprofundamento da democracia local e numa resposta à emergência social.

         No aprofundamento da democracia local temos que trabalhar para uma maior participação dos munícipes na vida do município, temos que ter uma  democracia mais “democrática” e participativa. Nesse sentido ao longo do actual mandato apresentámos um conjunto de propostas:

·        Uma gestão da coisa pública tendo por base o rigor, a exigência, a transparência e a responsabilização.

·        Contribuir para a construção de um Orçamento Participativo como forma de interessar e envolver os cidadãos no conhecimento, acompanhamento e intervenção no orçamento da autarquia.

·        Fazer uso do referendo local sempre que a gravidade e importância das decisões o exija, tais como: criação, extinção, fusão e modificação territorial de autarquias locais; concessão ou privatização de sistemas públicos de água, saneamento e resíduos.

A realização de reuniões ordinárias do executivo municipal descentralizadas pelas freguesias, e em horário adequado.

Na resposta à emergência social é importante ter em conta a duplicação do número de desempregados registados no concelho, que no prazo de quatro duplicaram (6000 para 12000). 

·        Queremos combater a diminuição de rendimento da generalidade das famílias e dos idosos, promovendo uma ação coordenada de diversas instituições representadas nas redes sociais concelhias.

·        Queremos uma política municipal de apoio social, que não deixando de exigir do governo central uma maior intervenção, crie condições de apoio aos mais necessitados (pagamento da água saneamento e resíduos, fundo de apoio a rendas sociais, abaixamento da taxa do IMI, etc)

·        Queremos implementar  programas de combate ao abandono escolar, bem como um programa de educação/formação com vista à qualificação de adultos e jovens.
Queremos criar um programa de requalificação e regeneração dos centros históricos, ·        contribuindo dessa forma para dinamizar pequenas e médias empresas de construção civil, (combatendo assim o desemprego nesta indústria) criando assim condições para fixação de pessoas no centro dos núcleos históricos, contribuindo para o desenvolvimento do comércio tradicional, bem como das atividades culturais e sociais.

·         Queremos criar  incubadoras ou “ninhos de empresas”, assegurando uma redução de custos dando apoio técnico e logístico no lançamento de novos projetos (desde há três anos que vimos apresentando esta proposta).

·         Queremos recuperar  zonas industriais desativadas, com vista à instalação de actividades criativas e inovadoras.

 

         A mudança por nós proposta não se circunscreve só a novas políticas, ela vai também no sentido da alteração da maioria absoluta que governa a autarquia do Seixal há mais de trinta e cinco anos.

 Ao longo de todo este tempo, a maioria absoluta foi-se transformando num poder absoluto, com uma total incapacidade de criar pontes e consensos com as outras forças políticas.

         A situação financeira a que o município chegou (falar da divida e do PCO e dos condicionantes que o mesmo vai provocar na vida do município durante os próximos 12 anos, bem como das garantias que os bancos impuseram para conceder o empréstimo).

 

         Basta!

Queremos alterar esta maioria absoluta.                                                          

Contamos com todos as mulheres e homens de boa vontade para atingir este desígnio.